sexta-feira, 29 de maio de 2015

Sopa de cebola

Existem poucas coisas mais aconchegantes do que uma sopinha no inverno. Ok, o inverno ainda não chegou, mas pelo menos a temperatura caiu um pouquinho e deu pra encarar uma bem quentinha ontem. Escolhi a de cebola, pra sair da manjada legumes, carne e macarrão, que vire mexe aparece no menu lá de casa. Achei a preparação meio demorada para uma sopa, mas pelo menos saí na frente porque já tinha o caldo de frango pronto, do risoto da noite anterior. Então, refoguei 4 cebolas cortadas ao meio e fatiadas em 2 colheres de sopa de manteiga (o que acabou sendo muito no final. Uma colher é o suficiente) durante 10 minutos, mexendo de vez em quando. Adicionei 1 colher de farinha de trigo e misturei bem, até a farinha se incorporar bem à cebola. Juntei 1 litro de caldo de frango, 500 ml de água, 500 ml de creme de leite, 1 ramo de tomilho, sal e pimenta do reino e deixei cozinhar durante 30 minutos, em fogo baixo, com a panela fechada. A receita - proveniente de um recorte de uma revista não identificada - pedia para deixar mais 1:30 no fogo mas, convenhamos, ninguém merece. Então, para acelerar o processo, adicionei meio copo americano de leite misturado com um colher de chá de amido de milho. Precisa ver, o caldo engrossa que é uma beleza! Deixei cozinhar por mais uns 30 minutos, até a sopa ficar no ponto ideal e incorporar bem os sabores. Resultado: sopinha saborosa, cremosa e bonita! Mas vale pesquisar ou inventar uma versão mais resumida! Acho não compromete o resultado final.

E quando ela saiu...

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Risoto de paio com couve

É muito gostoso cozinhar intuitivamente, misturar ingredientes e ver no que vai dar (principalmente quando dá certo...rs). Mas não há nada, nada na vida como como seguir uma receita direitinho (o que nem sempre é o meu caso, convenhamos) e ter a certeza de que não vai ter erro! Foi o caso dessa, da Bel Coelho, que eu peguei em uma edição antiga da revista Menu, se não me engano. A receita original era risoto de paio com favas verdes e couve, mas tive que resumi-la um pouco pela falta de disponibilidade de alguns ingredientes. O preparo foi relativamente demorado (principalmente para uma quarta-feira). Foram 2 horas ininterruptas na cozinha, com pausa apenas para dar aquele tapa na bagunça deixada pela fase um antes de partir para a fase dois. Mas valeu a pena cada minuto! Comecei fazendo o caldo de frango (a tal da primeira fase). Descasquei e cortei grosseiramente 3 cenouras médias. Cortei 1 cebola grande ao meio e fritei em uma frigideira antiaderente com a parte plana para baixo, até ficar bem tostada. Em uma panela grande, fritei 2 carcaças de peito de frango em um fio de óleo até todos os lados ficarem dourados. Juntei nessa panela 1/2 cebola (brulée, que é nome técnico da cebola preparada da forma mencionada), as cenouras, 1 ramo de tomilho e umas folhinhas de cebolinha e cobri com água. Deixei 40 minutos no fogo baixo. Esse tempo foi suficiente para eu preparar as coisas para a segunda fase. Fatiei 2 paios verticalmente e depois cada um dos pedaços em fatias bem finas, em forma de meia lua; piquei a outra metade da cebola e dois dentes de alho; ralei 80 gramas de queijo parmesão e cortei uma folha de couve em fatias fininhas (ou chiffonade, tecnicamente falando. To toda toda hoje. Isso que dá fazer receita de chef famosa! rs). Separei, ainda, 100 ml. de vinho branco seco e um ramo de tomilho. E fui para a segunda fase. Primeiro, coei o caldo. Depois, em uma caçarola, fritei o paio em um pouco de azeite e reservei. Na mesma panela, refoguei primeiro o alho e depois a cebola em 1 colher de sopa de manteiga sem sal. Acrescentei 2 xícaras de arroz arbóreo e refoguei por 1 minuto, mexendo sempre. Adicionei o vinho e continuei mexendo, até o vinho evaporar. Juntei o paio e 1 concha de caldo de frango e cozinhei por 20 minutos, adicionando o caldo sempre que o arroz secava. Passados os 20 minutos, acrescentei a couve, o parmesão e mais umas 2 colheres de sopa de manteiga. Temperei com um pouco de sal e pimenta branca e cozinhei por mais uns 5 minutos.  Servi imediatamente, bem quentinho, úmido e fofo. Eu e o Julio parecíamos o Rafeiro, cachorro do Pepe Legal, com seus biscoitos caninos!

Obrigada, Senhor!





quinta-feira, 21 de maio de 2015

Frango cozido na cerveja com polenta

Terça-feira eu e o meu marido trabalhamos em casa e me animei para fazer um almoço gostoso. Minha mãe e minha tia Cecília se juntaram a nós e essa foi uma razão adicional para a inspiração! O prato foi simples e gostoso e deixou todo mundo feliz. Dilui quatro colheres de fubá em 1/2 litro de água fria em um panela, adicionei sal e mexi e até engrossar (em fogo médio). Temperei 4 coxas de frango sem pele com sal, pimenta do reino branca e limão e reservei. Em uma panela de pressão, refoguei 1/2 cebola roxa e 1/2 cebola normal picadas e 3 dentes de alho laminados em um pouco de óleo de milho até começarem a ficar macios. Juntei as coxas de frango de fritei até a superfície começar a ficar dourada. Adicionei 2 latinhas de cerveja de 269 ml, tampei a panela e deixei cozinhar por 30 minutos. Abri a panela, misturei 1/2 copo americano de água com 1 colher de chá de amido de milho e deixei cozinhar por uns 5 minutos, até o molho engrossar. Posso falar? Ficou bom demais! 

Quem não gosta de um almocinho 
caseiro durante a semana?

Férias da cozinha

Estou passando por uma fase que até então achei que fosse impossível acontecer na minha vida: a falta de vontade de cozinhar. A cozinha sempre foi o local para desafogar as mágoas, relaxar de um dia puxado ou simplesmente me divertir. Pensar, escrever, ler e falar sobre comida sempre ocupou grande parte do meu tempo e equilibrar as atividades profissionais e as divagações culinárias sempre foi um problema para mim. Mas, pela primeira vez na minha vida, não tenho tido a mínima vontade de encarar a cozinha ultimamente. Até passa pela minha cabeça uma vez ou outra durante o dia um possível prato para fazer à noite ou o menu do fim de semana. Mas na hora do vamos ver, só de pensar em passar no mercado, organizar e preparar tudo e depois ainda encarar a mega louça, tenho vontade de sair correndo! Pode ser normal e fazer parte do dia a dia da maioria dos mortais mas, acredite, nunca fez do meu. Ao contrário, planejar uma refeição sempre foi o meu maior deleite! Me preparar para receber os amigos no fim de semana então, impagável! Mas não estou me sentindo assim agora e isso, sinceramente, começou a me preocupar. Seria o cansaço, o acúmulo de coisas para fazer e para pensar, a maior exigência no trabalho, a razão desse marasmo culinário? Não sei, talvez seja tudo isso e talvez apenas uma fase. Quer saber? Melhor deixar pra lá e tirar umas férias da cozinha. Afinal, ninguém merece cozinhar sem disposição e sem vontade. O único resultado seria uma comida sem amor, sem cuidado, consequentemente, sem sabor. E isso, ninguém merece! 


Momentos de nostalgia enquanto a inspiração não volta...