Essa semana a produção culinária até que foi razoável mas, pra falar verdade, estava morrendo de preguiça de escrever. É um tal de escreve apaga, revisa, altera, que é preciso uma certa disposição para publicar qualquer coisa. Além disso, às vezes eu acho que o prato não merece o post - que foi o que também aconteceu essa semana. Mas a reação de alguns ao comentar o que saiu do meu fogão me fez mudar de ideia e compartilhar as outras receitas da semana com vocês. Terça-feira foi dia de carne de panela com abóbora. Eu usei acém porque tinha sobrado um pouco da sopa de domingo e por que as outras carnes estavam muito caras para o propósito. Me arrependi, porque é muito gordurosa e eu tive o maior trabalho pra deixar sequinha. Cortei a carne em cubos, temperei com sal e pimenta do reino e reservei. Cortei ao meio e depois fatiei cada metade de uma cebola roxa inteira e a refoguei na panela de pressão com margarina Becel, até ficar bem molinha. Adicionei a carne e deixei fritar bastante, até a sua superfície ficar marrom. Salpiquei um pouco de salsinha e ervas finas secas, misturei bem, adicionei cerca de meio litro de água e fechei a panela. Cortei uma abóbora pescoço em cubos e cozinhei separadamente com água e sal por cerca de 15 minutos. Abri a panela de pressão com a carne depois de meia hora no fogo e juntei a abóbora cozida. Como ela ficou bem mole, algumas se desmancharam e formaram um caldo bem grosso. Um arrozinho seria uma ótima companhia, mas como de casa tinha acabado, comi só com salada mesmo. Ficou muito bom! Pena que não tem foto!
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Mandioquinha cremosa com alecrim
O que era pra ser um purê de mandioquinha se transformou nesse prato graças à preguiça de usar (e lavar) o amassador de batatas. A mandioquinha também é uma ótima opção para substituir o arroz de todo dia é rápido e fácil de fazer. Descasquei e cortei a mandioquinha que já estava cozida em rodelas e coloquei em uma panela com uma colher de margarina Becel. Depois que a margarina derreteu, adicionei dois ramos de manjericão (só as folhinhas, sem o talo) e salsinha. Deixei no fogo por alguns minutos, para esquentar, mexendo sempre. E pronto. Prato relâmpago que salvou a mandioquinha e o alecrim da anonimidade na geladeira. Comi com omelete - feita com um ovo e duas colheres da escarola com ricota usada no pastel do dia anterior - e salada! Nada mal para um jantinha de segunda pós faxina!
Jantinha de segunda: antes tarde do que nunca!
Pastel assado
Há tempos eu estava querendo fazer essa receita, mas estava sem coragem pra encarar o amassa e estica que as massas em geral exigem. Essa coragem surgiu, pasmem, domingão à noite. Para a massa, usei 500 gramas de farinha de trigo, um terço de xícara de óleo, um copo (americano) de água e uma colher de chá de sal. Comecei misturando tudo com uma colher de pau e quando a massa pegou liga, passei a misturar com a mão. Misturei bastante, até a massa não grudar mais na mão. Precisei colocar um pouco mais de farinha para chegar a esse ponto. Depois disso, é só sovar um pouco, até ficar bem uniforme (isso ficou a cargo do Julio). Fiz dois tipos de recheio: de escarola com ricota e de carne. Para o de escarola, refoguei um maço da verdura na cebola e no azeite até ficar bem verdinha. Temperei apenas com sal, juntei a ricota previamente amassada e adicionei um pouco de ervas secas. Reservei. Para o de carne, refoguei cerca de duas xícaras de carne moída na manteiga e cebola e temperei na panela mesmo, com sal e pimenta do reino. Quando a carne estava cozida, adicionei salsinha e um ovo cozido picado. Depois de tudo pronto, abri metade da massa com um rolo de macarrão (aqueles usados nos primórdios nas cabeças de maridos infiéis...rs) e usei uma petisqueira média redonda para cortar os pastéis. Basta pressioná-la com a boca para baixo contra a massa, fazendo vários círculos. Coloquei um pouco de recheio no meio dos círculos e fechei, apertando com a ponta dos dedos. Pincelei os pasteis crus com gema e levei ao forno a cerca de 200º, onde ficaram por uns 15 minutos. Os pasteizinhos ficaram meio pálidos e a massa meio sem sal. Vou recauchutar a outra metade pra ver se fica menos insossa. Pelo menos ficaram bonitinhos!
Pastéis assados de escarola com ricota e de carne moída.
Da próxima vez vou fazer uma marca pra saber qual é qual!
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Apetrechos de cozinha
Não existe uma pessoa se quer que goste de cozinhar e não seja apaixonado por apetrechos de cozinha, principalmente aqueles que o resto da humanidade acha inútil. A variedade de utilidades (ou inutilidades) é tanta que abarrotaria a mais espaçosa das cozinhas. A minha então, cujo espaço de armazenamento é limitadíssimo, nem se fala. Vire e mexe tenho que reorganizar e mudar tudo de lugar para acomodar novas bugigangas. Um dos meus objetos de cozinha favoritos é um porta temperos que comprei no site da loja de departamentos americana Target. Os potinhos já vem com os temperos, são selados e contém o nome de cada tempero (em inglês) gravado. Lindo de morrer! Outro item que eu adoro, que é um dos que mais uso, é um conjunto de bowls de inox que ganhei de presente de open house do querido casal de amigos Adri e Wanen (saudade!). Pode ser usado para para temperar carnes, misturar ingredientes e até para servir. São pau pra toda obra e também são lindos! Tenho processador, mixer, máquina de waffle tábuas de queijo e de carne, facas, panelas, pegadores, petisqueiras, porta chá, porta cereais, e aí vai, mas sempre acho que tá faltando alguma coisa. Os meus objetos de desejo atuais são um conservador de ervas - mantém as ervas fresquinhas em uma mini estufa hidropônica - e a máquina de quesadilla. Olha só que charme, gente!
Meu porta temperos:
é um objeto de decoração também!
Conjunto de tigelas de inox: pau pra toda obra!
Conservador de ervas (você vai encontrar em
sites internacionais como herb saver)
Imagina um pão tipo wrap com mussarela
nessa maquininha! Quesadilla express!
nessa maquininha! Quesadilla express!
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Paccheri ao molho de calabresa defumada
Paccheri é tipo um de pasta em forma de tubo, oca e grande (que eu descobri na prateleira do Pão de Açúcar semana passada). Podemos dizer que é um rigatoni grande. Escolhi o paccheri apenas para fugir dos tradicionais espaguete, fusili e pene e dar um toque diferente à minha receita de massa. Coloquei o paccheri para cozinhar em meio litro de água e uma colher de sopa de sal. Leva cerca de 15 minutos para ficar al dente. Nesse meio tempo, refoguei meia cebola fatiada e uma calabresa inteira no azeite. Quando as cebolas ficaram bem coradas e a calabresa bem frita, adicionei uma caixinha de purê de tomate e meia medida da mesma caixa de água. Geralmente eu uso molho pronto, mas optei pelo purê para poder caprichar mais no tempero. Misturei bem e deixei cozinhar por cerca de 5 minutos. Adicionei sal (bem pouco, pois a calabresa já é salgada e tem sabor marcante), açúcar , pimenta do reino, salsinha e cebolinha frescas e deixei apurar cerca de 10 minutos em fogo baixo, mexendo de vez em quando. Coloquei a massa escorrida em um bowl grande, cobri com o molho e decorei com ramos de alecrim e queijo parmesão. A massa diferente deu um toque mais sofisticado ao macarrão nosso de todo dia.
Frango picante ao forno com legumes
Como semana passada eu estava de férias (e a retrasada também), a produção culinária foi intensa. E pela mesma razão, não deu tempo de postar tudo (pra variar). Quarta feira foi dia de frango ao forno com legumes, um prato que inventei na hora e é super fácil de fazer. Tirei a pele e lavei pedaços de coxa com sobrecoxa, que depois temperei com sal, limão, páprica picante e pimenta calabresa. Enquanto o frango pegava o tempero, fatiei uma cebola, uma abobrinha e um pimentão e cortei três cenouras médias ao meio e um maço de brócolis. Em uma forma antiaderente, coloquei azeite, os pedaços de frango e os legumes e reguei com um pouco mais de azeite. Coloquei tudo no forno pré aquecido a 250º, onde ficou por cerca de 20 minutos. Tirei o brócolis do forno, pois cozinham mais rápido (como você pode observar, esqueci de colocá-los de volta) e misturei os legumes com o caldo que se formou na forma, para cozinharem por igual e pegarem o gosto do tempero. Abaixei o fogo para uns 200º e deixei cozinhar por mais uns 5 minutos. Bastou uma saladinha para completar o visual e o sabor! É rapidão e versátil! Dá pra fazer na janta e combinar com outros acompanhamentos.
Antes...
Depois...
Prato montadinho, pronto para ser esvaziado!
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Virado paulista da Cris
Almoço de quarta-feira e a Cris de férias em casa. Não há ocasião melhor para um prato um pouco mais demorado e pesado. Eu adoro tutu de feijão, mas devo confessar que o meu não ficou igual ao do boteco (o Amazonense, em frente ao escritório, onde costumamos almoçar quando não dá pra filar bóia na casa da Rita). Mas ficou bom! Para acompanhar o meu tutu, substitui os tradicionais arroz branco, bisteca, linguiça, ovo frito e banana à milanesa por apenas lombo grelhado e arroz integral. E couve, claro! É um pouco demorado, mas não é tão difícil assim. Temperei dois filés de lombo de porco com sal e limão e reservei. Cozinhei duas xícaras de feijão com um pouco de sal e folhas de louro na panela de pressão. Em outra panela, refoguei no azeite meia cebola, dois dentes de alho amassados (eu amasso com a faca - basta colocar uma faca grande deitada em cima do dente de alho e apertar a faca com a mão), uma linguiça calabresa defumada e um pouco de bacon picados. Juntei o feijão pronto sem o caldo (leva cerca de 15 minutos para cozinhar, depois de pegar pressão), cerca de meia xícara de salsinha e de cebolinha e uma pitada de pimenta do reino. Mexi bem e deixei cozinhar um pouco, para pegar o gosto dos temperos. Depois de uns 10 minutos, fui adicionando aos poucos a farinha de mandioca (cerca de uma xícara de chá), mexendo sempre, até obter uma consistência bem grosseira. Desliguei o fogo, adicionei um punhado de couve picada e misturei bem. O arroz integral se faz como arroz comum, mas demora um pouco mais para cozinhar. Fritei os bifes de lombo na bistequeira usando a gordura da própria carne, até os dois lados ficarem bem dourados. Refoguei a couve fatiada fina no azeite, cebola e alho, mexendo sempre até ficar macia. Eis a minha versão do Virado à Paulista! Não é a refeição mais leve do mundo, mas é bem mais sequinha do que a original. Virado Light, que tal? Até substituímos a cerveja por um suquinho!
Virado à Paulista Light.
Será que pega? Se até feijoada tem light...
Picanha e Guinness
Aproveitei o início das minhas férias e do Juju para comemorar o ócio com uma boa cerveja e uma boa carne. Ao fuçar a geladeira em busca de algo que combinasse com uma Guinnes, me deparei com um pedaço modesto da picanha remanescente do final de semana. Como nem toda picanha vive de churrasqueira e a empolgação não era tanta para atear fogo na mesma, resolvi plagiar uma receita do meu amigo Fábio (também conhecido pela alcunha de Cabeça) e cozinhá-la com muita cebola na panela de pressão. Ele cozinha com cerveja preta, eu usei água mesmo. A única cerveja preta que eu tinha em casa era a Guinness e eu não ia cometer o sacrilégio de usá-la para cozinhar, óbvio. Temperei o resto da picanha - 2 bifes - com pimenta do reino e sal e reservei. Fatiei duas cebolas e refoguei em um pouco de azeite na panela de pressão. Quando elas começaram a ficar macias, juntei os bifes de picanha, cobri com água (pouca, uns 300ml) e tampei a panela. Deixei cozinhar por cerca de 20 minutos. A carne ficou extremamente macia e a cebola virou quase um creme. Servi com salada e torradas. Fatiei dois mini pães e coloquei no forno para dourar. Polvilhei a casquinha torrada do pão que ficou na forma na picanha, para dar uma leve crocância ao prato. Ficou ruim, viu?
Guinness e picanha: dupla de sucesso comprovada!
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Carne acebolada aos três queijos
Ontem foi dia de aproveitar os
restos. Tinha alguns queijos da semana passada e a janta de segunda na
geladeira. A intenção original era fazer
alguma coisa mais européia para comemorar o dia da Suíça, mas para isso eu
teria que descongelar carne e começar tudo de novo – e, consequentemente,
desperdiçar tudo que já estava pronto. Então, juntei o que tinha e fiz uma
carne acebolada ao molho de três queijos para comer com o pãozinho que também
tinha sobrado do final de semana. O esquema foi o seguinte. Fatiei uns três minipães e coloquei no forno. Desfiei a alcatra e reservei. Fritei meia cebola
grande fatiada em uma colher de azeite em uma frigideira pequena e quando as cebolas
começaram a ficar macias, acrescentei a alcatra e mexi bem.
Enquanto a carne esquentava, ralei pedaços pequenos (restos mesmo) de queijo
gorgonzola, emental e gruyere em um bowl (usei esses porque era o que tinha, mas pode ser qualquer queijo mais firme). Piquei meio tomate e coloquei em cima
do queijo e levei ao microondas por 30 segundos, só para derreter a superfície. Quando a carne estava bem quentinha, coloquei a mistura de
queijos – que ficou parecendo uma tortinha, pois parte dela tinha derretido e
ficado firme - com uma espátula em cima da carne. Adicionei um pouco de
água (cerca de duas colheres de sopa) e deixei cozinhar tampado por poucos
minutos, até o queijo derreter por completo. Desliguei o fogo e tirei as torradas do forno e pronto! Quem achou prato extremamente calórico se enganou,
pois alcatra é uma carne magra e foi usada uma pequena quantidade queijo, no máximo cerca de 50 gramas ao todo. Olha que coisa bonita que ficou!
O controle remoto saiu de bico!