domingo, 29 de março de 2020

Filé de St. Peter no papillote com purê de abóbora

Essa é uma forma realmente diferente das que estamos acostumados de preparar peixe. E também uma das mais fáceis, porque não tem segredo nenhum e não tem como dar errado!

Bastam o peixe, tempero, alguns legumes, líquido, ácido e o calor criado pelo papillote, que é um embrulhinho feito, geralmente, com papel alumínio.

Tão simples, quanto gostoso! 

Olha só!

Você vai precisar de:

Para o paillote:
Filé de peixe
Cebola
Alho poró
Cenoura
Salsão (opcional)
Caldo de peixe ou de legumes (pode ser água)
Vinho branco
Sal
Pimenta do reino moída

Para o purê:
Abóbora moranga
Manteiga
Leite

Cortei a cebola e a cenoura em cubos bem pequenos (brunoise) e o alho poró e o salsão em fatias finas (chiffonade).

Temperei  2 filés de tilápia com sal e pimenta do reino e  reservei.

Para o purê de abóbora, higienizei, descasquei e cortei em cubos 1 abóbora moranga pequena. Cozinhei com sal até ficar bem macia, passei pelo amassador de legumes e depois por uma peneira (pro purê ficar bem lisinho) e levei ao fogo. Acrescentei 100 ml de leite, misturei até incorporar e depois juntei a manteiga e misturei de novo. Purê pronto.

Cortei 2 quadrados de papel alumínio um pouco maior do que o dobro do tamanho do filé.  Coloquei em cada um deles, no meio,  um punhado dos legumes e o filé em cima.

Fiz um pacote dobrando e amassando bem as pontas, deixando apenas a parte  superior aberta. Precisa ficar um espaço entre as bordas e o peixe.

Adicionei dentro dos pacotinhos uns 50 ml de vinho branco e um pouco de água, cerca de 30 ml e fechei a parte de cima. Não pressione o alumínio contra o peixe, ele deve ficar com ar mesmo.

Aqueci (bem) uma frigideira grande e coloquei o pacote em cima. Quando o alumínio estufou (fica beeeeem gordinho) deixei no fogo mais 5 minutos. Peixe pronto!

A aparência não é a mais atraente do mundo, porque não há aquele dourado lindo de quando salteamos direto na frigideira. Mas o aroma que sobe quando abrimos o papel alumínio compensa tudo! Isso sem falar nos sabores criados pelo cozimento desse monte de coisa gostosa no vapor do pacotinho! 

Quando você abre o alumínio, sobre
aquele aroma maravilhoso!
Pena que não sai na foto!

sexta-feira, 27 de março de 2020

Missão resgate: risoto fake de legumes


Hoje foi dia de aproveitar o que sobrou de ontem, com um risoto de legumes basiquinho.


De sobremesa, crumble de maçã sem glúten, ideal pra matar aquela eventual draga de doce noturna.


Refoguei 1/4 de uma cebola picadinha no azeite, acrescentei arroz arbóreo e sal e deixei fritar um pouco. Juntei 1 taça de lambrusco tinto (não queria abrir o vinho branco...rs), deixei no fogo baixo, misturando sempre, até secar. Acrescentei água até cobrir e mais 1 dedo e tampei a panela. Ou seja, cozinhei como arroz.

Quando o arroz cozinhou (não pode cozinhar totalmente, deve ficar al dente), juntei os legumes de ontem, 2 colheres de sopa de Catupiry (NÃO me julguem...rs) e misturei até incorporar. Acrescentei pimenta do reino e pronto.

Parece novo!
Sobremesa deixa todo mundo feliz!
O crumble: misturei 140 gramas de farinha de amêndoas e 50 gramas de manteiga sem sal em cubos com as pontas dos dedos, até obter a consistência de areia (se a farinha for de trigo, a proporção correta é metade de manteiga para a quantidade de de farinha). Tirei as sementes e cortei em cubos 3 maçãs fuji. Em um bowl, misturei a maçã, 1/2 xícara de chá de açúcar mascavo, 1 colher de sopa rasa de amido de milho, o suco de 1 limão e um pouco de canela. Dividi essa mistura em 4 ramekins e cobri com a massa esfarelada. Levei ao forno médio por 15 minutos (até a superfície ficar dourada). 

Jantar + sobremesa prontos em menos de 1 hora! Quase mais rápido que o delivery! Aliás, que tal aproveitar que você tá mais tempo em casa e fugir dele?


quinta-feira, 26 de março de 2020

Alcatra ao molho de vinho montado na manteiga, legumes salteados e batatas ao murro

Passar mais tempo em casa significa passar mais tempo na cozinha! Apesar de o volume de trabalho não ter mudado muito e boa parte das atividades da faculdade estarem sendo realizadas on-line, estar em casa permite uma rotina mais flexível, nos permitindo organizar e conciliar melhor as tarefas profissionais e pessoais.

Então, entre uma ficha técnica aqui e uma tradução ali (siiiiim, peguei alguns trabalhos pra dar um help no escritório, matar a saudade e dar um up na renda nesse momento pseudo ocioso), dá pra assar um pão, fazer um molho mais elaborado para a massa ou uma sobremesa de respeito.

A primeira onda de inspiração quarentenária foi coração de alcatra ao molho de vinho tinto montado na manteiga com legumes salteados e batatas ao murro.

Fala sério poder se dar ao luxo de montar um molho na manteiga quinta à noite?

Nas aulas de habilidades de cozinha I, no semestre passado, quando o professor falava em molho montado na manteiga tinha vontade de sair correndo (eu e quase toda a classe...rs). Haja punho, haja manteiga e haja precisão pra servir o molho logo que deu certo, pra não desmontar. Porque sim, ele desmonta.

Mas eu treinei. Errei um, dois, três e depois nunca mais! Tapinha nas (minhas) costas rs

Vamos às receitas.

Higienizei e cortei a cenoura em tiras finas e a vagem transversalmente, tirando o cabinho. Cozinhei em água fervente com sal, separadamente, até ficarem al dente, mergulhei em água gelada e reservei (técnica de branqueamento).

Lavei com uma escovinha e enxaguei cerca de 500 gramas de batatas inglesas pequenas. Branqueei da mesma forma que os legumes, coloquei em uma forma antiaderente, amassei levemente com o punho (por isso o "ao murro"), suficiente para a casca abrir e a batata "esparramar um pouco". Temperei com alecrim, sal grosso, pimenta do reino e azeite e levei ao forno alto por 15 minutos.

Temperei 4 bifes de coração de alcatra com sal e pimenta do reino e fritei no azeite por cerca de 2 minutos cada lado, em uma frigideira de aço inox grande.

Retirei os bifes, acrescentei uma taça e vinho tinto seco e raspei o grudinho no fundo da panela (o tal do fond) com uma espátula de silicone (a tal da declaçagem). Coei o molho, voltei pra frigideira e aí começou o processo de montar na manteiga:

Acrescentei 30 gramas de manteiga gelada em cubos, desliguei o fogo e fui balançando a frigideira, num movimento de vai e vem, até a manteiga se agregar completamente ao molho. Esse procedimento deve ser repetido, inclusive a adição da manteiga gelada, até o molho atingir a consistência nappé, que é aquela que quando você mergulha a colher no molho e passa o dedo no verso, ele não escorre.

E assim saiu a alcatra ao molho de vinho tinto montado na manteiga com legumes salteados e batatas ao murro! Simples e chique! Misto de orgulho e felicidade!

Mais tempo em casa significa mais tempo
 na cozinha preparando coisas gostosas!