quinta-feira, 29 de março de 2018

Arroz de Páscoa econômico

Pescados estão o olho da cara! E com a chegada da Páscoa, tudo piora. A maioria dos comerciantes brasileiros é oportunista e não se contenta em ter uma margem razoável e contínua. Quer ganhar tudo que pode o mais rápido possível. Quer exemplo melhor disso do que os preços exorbitantes aos quais somos sujeitos durante a temporada de verão nas praias? A latinha de cerveja que custa 5 reais durante o ano, passa a custar 8 no verão. Freud explica? Não, ninguém, nem nada explica. As pessoas procuram retorno rápido, em tudo na vida. Mas o retorno vem tão rápido quanto frágil e no próximo verão ninguém tá ali. Por que será?

Pra fugir dessas armadilhas que sempre aparecem nas datas comemorativas, a gente tem que rebolar e encontrar alternativas mais em conta do que as estrelas da vez: o Peru do Natal e o bacalhau da páscoa, por exemplo. Isso sem falar no tal ovo de chocolate.

Pensando nisso, resgatei uma receita que fiz em algum dia do passado e que cabe bem pra ocasião. Não precisa de bacalhau. Não precisa de salmão e nem de camarão. Dá pra fazer um almoço bacanão na sexta-feira sem gastar os tubos!

Melhor: em poucos minutos, com poucos ingredientes.

Anote aí e salve a sua Páscoa (e o seu bolso)!

Primeiro, preparei um arroz com acafrão: refoguei 1/2 cebola e 2 dentes de alho em 1 colher de sopa de azeite. Quando começaram a ficar dourados, acrescentei 1 colher de chá de açafrão (ou cúrcuma, nome da moda) e um pouco de pimenta do reino branca. Misturei até tudo ficar bem amarelinho.

Acrescentei 1 xícara de arroz branco, 1 punhado de sal e 3 xícaras de água. Cozinhei até um pouco antes do ponto.

Nesse meio tempo, temperei 3 filés de Polaca do Alasca com sal e pimenta do reino. A Polaca do Alasca é uma espécie de peixe branco da família Gadidae, a mesma do bacalhauÉ magrinho, tem baixo teor de carboidrato e colesterol, é excelente fonte de proteína e minerais e fornece 537 mg de ômega-3 a cada 100 gramas. Detalhe: custa menos do que a metade do que o primo famoso.

Continuando: fritei os lindos filés em um pouco de azeite extra virgem até sua superfície começar a dourar e depois e acrescentei no arroz com açafrão, inteiros mesmo, junto com 1 (ou mais?) xícara de ervilhas frescas e 1 colher de sopa de mostarda Dijón com sementes (pode ser só a semente ou só a mostarda). Misturei bem, despedaçando os filés, e finalizei com pimenta do reino moída na hora. 

Para decorar, usei 2 ovos cozidos cortados em meia lua. Dá pra complementar com salsinha, cebolinha, pimenta picada, ao gosto do freguês!

Me fala se com esse prato bonito, barato e simplesmente delicioso (quem disse que não dá pra ter tudo na vida?), tem sexta-feira santa que passe em branco? Ainda dá tempo de chamar a família para o almoço de amanhã!


Existe Páscoa sem bacalhau! 



terça-feira, 27 de março de 2018

Filézinho suíno caramelizado com arroz e couve refogada

Durante a semana costumo almoçar na casa da minha mãe porque é bem perto do trabalho. Antes que vocês pensem, "que mordomia, tem a mamãe pra cozinhar!", já adianto que não é bem assim. Trabalhamos juntas e às vezes dividimos o divide fogão pra adiantar o expediente. 

A ideia (da Rita, claro) era fazer uma peça pequena de filé mignon suíno de um jeito diferente. Eu, com zero inspiração, pensei - e falei - "mas assim, de bate e pronto"? Ela sugeriu "pelo menos temperar de um jeito diferente" e eu  já fui atacando a torre de temperos secos que ela tem no balcão da cozinha. Daí até a ideia final do prato foi um pulinho! (Gratidão aos temperos! 🙏).

Cortei uma peça de cerca de 1 kg em vários filézinhos pequenos, temperei com alecrim, tomilho, sal, pimenta do reino e 1/2 limão e reservei.  

Em uma frigideira grande, acrescentei 2 colheres de sopa de açúcar e deixei no fogo até começar a virar uma calda. Fritei os filés dos dois lados por seca de 5 minutos (até ficarem bem dourados) nessa calda.

Piquei a cebola e o alho e acrescentei na panela que já estava com um fio de óleo no fogo. Mamis fritou até começarem a ficar transparentes e adicionou cerca de 1 1/2 xícara de arroz branco. Deu aquela fritadinha básica, acrescentou um punhado de sal e umas 3 xícaras de água. 

Lá em casa não se lava arroz, não se esquenta água, nada disso. Só coloca de água o dobro da medida do arroz, cozinha com a panela tampada até a secar a água de cima, tira a tampa e cozinha no fogo baixo até quase toda a água secar. Sempre deixo terminar de secar com o fogo desligado.

A couve é uma atração à parte na casa da minha família. Minha linda vovó Zenaide cozinhava assim, a Ritinha cozinha assim e eu... bom, sou a única que não cozinha assim e prepara do jeito tradicional mineiro (bem fininha e quase crua).

Mas enfim, a forma tradicional da família Teixeira é assim: cebola + alho picados refogados em azeite + couve fatiada não tão fininha + tomate picado. Cozinha até começar escurecer e pronto. Fica boa demais!!!

E o nosso prato ficou assim, bonito de se ver e de comer!

Almoço durante a semana em casa,
fresquinho, feito a quatro mãos, com a mamãe?
É muita felicidade! 😍😍😍😍😍