Inspirada por uma matéria
publicada em uma revista de culinária, resolvi trocar os usuais companheiros
dos queijos – os vinhos – por cerveja. Sou grande amante da bebida e fico meio
confusa ao consumi-la em ocasiões que não sejam happy hour no boteco, churrasco,
feijoada e outras mais informais. Mas eu e o Julio comprovamos que ela pode sim
acompanhar perfeitamente queijos, por exemplo, contanto que devidamente
harmonizadas. Frescuras à parte (para mim, a tradicional pilsen sempre foi um
ótimo acompanhamento para os mais variados tipos de queijo), a cerveja certa
pode fazer da degustação de queijos uma experiência bastante diferenciada. De
acordo com a tal matéria, as cervejas podem ser harmonizadas por contraste
(cerveja adocicada + queijo salgado) ou por similaridade (cerveja e queijo com
sabor adocicado). Com isso em mente, escolhemos para a nossa noitada:
gorgonzola, parmesão, gruyére e emental. Para o gorgonzola, sugere-se cervejas
estruturadas e de sabor adocicado ou tostado, como do tipo Belgian pale ale,
porter e stout, entre outras. Nós escolhemos a Colorado Demoiselle, do tipo
porter. A porter é uma variação da stout, cuja principal representante é a
famosa Guiness inglesa. Bem escura e com
toques de chocolate e café, combina perfeitamente (harmonização por
similaridade) com o salgado e gorduroso gorgonzola. Para acompanhar o parmesão (que é da família
dos queijos duros), indica-se cervejas encorpadas e de alto teor alcoólico – como
Belgian strong ale, stout e porter – ou grande concentração de lúpulo - como as
do tipo India pale ale. Nós escolhemos a Eisenbahn Strong Golden Ale, que cujo
sabor adocicado contrasta com o salgado do queijo (harmonização por contraste).
O gruyére e o emental, que fazem parte da mesma família, dos queijos semiduros, combinam
com cervejas com sabor de malte acentuado, levemente adocicadas e teor alcoólico
um pouco maior, como a bock, pale ale e weizenbock. Como não encontramos
nenhuma representante dessas categorias nos mercados da região (New Castle,
Eisenbahn Weizenbock e Leffe Blond, por exemplo), fomos de Erdinger, que é mais
indicada para queijos de mofo branco – como camembert e brie. Depois que tudo
virou bagunça, encaramos a lager dinamarquesa Faxe Premium, do tipo
premium american lager, e a jovem estoniana Viru, do tipo pilsen. A Faxe lembra
a nossa pilsen, mas é mais encorpada. Além de ser deliciosa, vem numa lata de 1 litro fenomenal! A Viru, lançada em 2005, é
bem leve e refrescante, com notas de amargor. A cerveja é muito boa e a garrafa é linda!!! Essas foram consumidas
com o tradicional salaminho e presunto parma (além dos queijos). Posso falar?
Caiu muitíssimo bem! Acho que já falei por aqui, mas repito: cerveja combina
com tudo!
Tudo pronto para a saga!
Vítimas número 1: gorgonzola +
Colorado Demoiselle. Minha dupla preferida!
Round 2: parmesão + Eisenbahn Strong
Golden Ale. Sensacional!
Com o emental e o gruyére, na falta de cerveja ideal,
fomos de Erdinger e, de fato, não harmonizou tão bem
(mas quem se importa?).
A dinamarquesa Faxe Premium e sua humilde lata.
Detalhe: o copo tem 470 ml
A garrafa da Viru parece um objeto de decoração.
E a noite acabou assim!
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