quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cebola e alho de cem reais

Fui ao mercado comprar cebola e alho e voltei com quase 100 reais em compras. Por queeeeeee? Subi a Lavandisca com a consciência e a sacola pesada. Estou tentando economizar e minha meta do mês (que vem, é claro) é ficar sem ir ao mercado durante uma semana. Mas quer coisa mais triste do que pensar em cozinhar alguma coisa e não ter os ingredientes em casa? Bate uma depressão profunda, precisa ver! Aí, para justificar o fato de eu ter gastado com coisas que, digamos, eu não precisava, necessariamente, e proporcionar algum conforto para a minha pobre (e gastona) alma, penso comigo mesma: "mas eu gastei no mercado da semana metade do que eu e o Julio gastaríamos em um bar ou restaurante em uma  noite! Já que não estamos saindo muito mesmo, não tem problema, certo?". E continuo subindo a rua, convencida e feliz, pensando no cardápio da noite!
 Só cebola e o alho...

Polenta cremosa com carne de panela

Eu ia chamar o meu molho de ragu, mas essa é a denominação usada para um molho para massas feito de carne cuja principal característica é o cozimento bem lento. Como não é isso que você vai encontrar nesse post, resolvi tratar o tal do ragu com o devido respeito e inventar outro nome para o meu molho. Afinal, sua preparação não foi nada lenta, com direito a panela de pressão e tudo, uma maravilha! Comecei temperando com sal e pimenta do reino (como sempre) um pedaço de cerca de 400 gramas de acém e cortei em pedaços grandes. Em uma panela de pressão, refoguei meia cebola e meio pimentão vermelho fatiados em um pouco de óleo. Quando ficaram macios, juntei a carne, deixei fritar um pouco (até ficar levemente marrom por fora), coloquei cerca de meio litro de água e fechei a panela de pressão. Abri a panela uns quarenta minutos depois e a carne já estava bem macia, desfiando facilmente com um garfo. Coloquei mais um copo pequeno de água, meio saquinho de molho de tomate, meio tablete de caldo de carne e cerca de uma colher de sobremesa de tomilho seco. Deixei apurar mais um pouco, mexendo de vez em quando, até o molho ficar bem grosso. Fiz a polenta misturando 1 xícara de fubá em 2 xícaras de água fria em um copo. Pus essa mistura em uma panela e cozinhei em fogo baixo, mexendo sempre, até obter a consistência de um purê (entre 10 e 15 minutos). Servi a polenta com o molho em um prato fundo e ficou até apresentável. A dupla aqueceu nossa terça-feira e ainda virou marmita no dia seguinte!

Fez bonito na terça-feira fria e ainda
rendeu um repeteco!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Arroz de churrasco

O que fazer com aqueles pedaços abandonados de carne que sobram do churrasco nosso de cada dia? Não dá para congelar para o próximo churrasco e jogar fora dá dó. Para dar cabo dessas pequenas sobras, costumo fazer um mexidão de arroz, que batizei de arroz de churrasco. Que fique claro: as carnes devem estar cruas. Ainda não vi nenhum prato que aproveitasse carnes já assadas do churrasco do dia anterior ficar gostoso. As carnes ficam duras e secas e, provavelmente, só o totó vai gostar (se alguém tiver alguma receita mágica, por favor, compartilhe). Bom, as carnes remanescentes desse domingo foram contra filé, lombo de porco, linguiça apimentada e linguiça toscana. Também tinha um pouco do frango primavera do PF de sábado. Não fui tímida e reaproveitei tudo no meu arroz. Olha só que fácil. Tirei a pele e esmaguei com as mãos 2 linguiças apimentadas e 1 linguiça toscana. Fatiei finamente o contra e o lombo e temperei com sal e pimenta do reino. Fritei a linguiça em uma frigideira grande até ficarem mal passadas (rosa claro) e depois adicionei o lombo e o contra e procedi da mesma forma. Tirei as carnes da frigideira e usei o caldo que sobrou para refogar meia cebola e um dente de alho fatiados. Misturei as carnes novamente nesse refogado e acrescentei duas xícaras de arroz pronto e um ovo cozido picado. Completei com um punhado de pimenta caiena, misturei bem e desliguei o fogo. Devido à mistureba total, o prato dispensa acompanhamentos, o que o torna bem prático e ideal para uma segundona de preguiça.

Carnes de churrasco dando um brilho 
no arroz basiquinho

Comidinha da mamãe: arroz e feijão

Já ouvi muita gente falando que não sabe cozinhar feijão. Respeito, porque quando eu não sabia também achava que era um bicho de sete cabeças. Surpresa gente: não é! É rápido, fácil e tem aquele ar de comidinha da mamãe. E qual a primeira coisa que vem à mente quando se pensa em feijão? Arroz, é claro! Como a dupla geralmente exige alguma "mistura" (nunca entendi direito essa expressão)... fiz um franguinho com vegetais para acompanhar, que batizei de frango primavera. Tudo começou assim: temperei meio peito de frango desossado com sal, pimenta branca e meio limão e reservei. O próximo passo foi o feijão. Coloquei duas xícaras de feijão em uma panela de pressão e cobri de água (tem que ter cerca de um palmo a mais de água em relação ao feijão). Adicionei na panela uma colher de sopa de sal e algumas folhas de louro e fechei. E liguei o fogo, claro...rs. Arroz não é mais segredo para ninguém, certo? Errado. Quem cozinha é porque precisa ou porque gosta. Mas muita gente, vamos falar a verdade, raramente precisa ou não gosta! Então, é natural que não saiba fazer um arrozinho e não tem problema nenhum. A Cris está aqui para te ajudar! rs O procedimento foi o seguinte: lavei uma xícara de arroz com as mãos em água corrente, escorri e deixe secar. Piquei meia cebola pequena e duas cabeças de alho (bem picadinho) e refoguei em uma colher de óleo primeiro a cebola  e depois juntei o alho (se colocar tudo junto, o alho queima). Quando ambos ficaram dourados, juntei o arroz. Deixei fritar uns 5 minutos, mexendo de vez em quando, e depois coloquei 1,5 xícaras de água (pode ser fria ou fervendo, tanto faz). Um pouco antes da água secar completamente, tampei a panela e abaixei o fogo. Depois de uns 10 minutos o arroz já estava cozido. O tempo de cozimento vai depender da sua panela, fogão, etc. Talvez seja necessário colocar mais um pouco de água. A essa altura o feijão já tinha cozinhado, então, o próximo passo foi temperá-lo. Para isso, basta refogar alho e cebola em um pouco de óleo (em outra panela) e depois ir colocando o feijão nesse refogado e deixar o caldo engrossar durante uns 10 ou 15 minutos. Eu coloquei também um tablete de caldo de carne. O terceiro e último passo foi o frango. Fritei o frango reservado no começo em uma frigideira grande com um pouco de azeite até ficarem bem branquinhos. Tirei e reservei. Na mesma frigideira, fritei uma cebola roxa, meio pimentão amarelo, meio pimentão vermelho e meio pimentão verde até ficarem bem dourados e depois juntei o frango e misturei bem. O resultado foi esse PF moderninho! Gostei! 

PF de sabadão da Cris


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Pizzaaaaaa

Eu nunca tive intimidade com massas. Até fiz uma pizza ou outra e uma tortinha de liquidificador por aí, mas sem nenhum entusiasmo. Eis que um dia acordei determinada a me aventurar por esses novos horizontes e, literalmente, por a mão na massa. Eis que tudo começou ontem, com uma bela pizza! Usei uma receita do livro da Dona Benta e fiquei realmente surpresa (e feliz!) com o resultado. Misturei em um recipiente 2 xícaras de farinha de trigo, 1 colher de sopa de açúcar, 1 colher de chá de sal, 1 colher de sopa de fermento em pó, 2 colheres de sopa de azeite (pode ser óleo), 2 colheres de sopa de cachaça (tá aí o segredo!) e 2 xícaras de água, nessa ordem. Comecei misturando tudo com uma colher de pau e quando a massa começou a dar liga, usei as mãos. Adicionei mais cerca de meia xícara de farinha e continuei misturando até a massa ficar homogênea e não grudar mais nas mãos. Sovei um pouco e deixei descansar por 10 minutos. Nesse meio tempo, preparei os recheios e separei os ingredientes: mussarela, presunto, ovo, atum fresco e claro, molho de tomate, tomate e orégano. Como usei os frios fatiados, o único recheio que exigiu preparação foi o atum. Temperei um pedaço de cerca de 200 gramas de atum fresco com sal e pimenta do reino e fritei em uma frigideira com azeite, dos dois lados, começando pelo lado com pele, até ficar claro. Depois foi só despedaçar com as mãos e reservar para a posteridade (nunca mais compro atum enlatado na minha vida). Passados os dez minutos de descanso, abri a massa com um rolo, colocando um pouco de farinha na superfície da pia e no rolo e esticando a massa devagar, sem colocar muita força. Quando a massa começava a grudar no rolo, eu a virava, de modo a deixar a parte farinhada para cima, e continuava o processo. Fiz isso até criar um círculo (meio deformado, é verdade) do tamanho da forma de pizza (a minha tem uns 30 cm de diâmetro). Abri dois discos e os levei ao forno para pré assar por dez minutos. Depois disso ela já fica linda e prontinha para ser recheada! Espalhei um pouco de molho de tomate nas duas pizzas. Uma eu cobri inteira com mussarela, e coloquei algumas fatias de tomate em cima. A outra, fiz meia portuguesa - cobri meia superfície com presunto, espalhei um ovo cozido picado e um pouco de cebola fatiada e cobri com bastante mussarela; e meia atum - cobri a outra metade com bastante atum e espalhei um pouco de cebola em cima. Finalizei tudo com orégano e coloquei no forno, onde ficaram cerca de 10 minutos. O resultado foi esse aí! Olha que bonitas, gente! Maior orgulho!

Bonita e gostosa! Ui...rs 

Como a primeira não deu pro cheiro (e nem 
pra foto), essa é a terceira, feita especialmente
 para o Juju, que chegou mais tarde do trabalho

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Picanha acebolada na cerveja e arroz com brócolis

Não é porque o dia está corrido que a gente tem que abrir mão de uma refeição caprichada. E capricho não tem nada a ver com muito trabalho. Fiz essa comidinha sexta-feira entre um compromisso e outro e ficou uma delícia! Olha só que rápido e fácil! Em um recipiente, temperei dois bifes de picanha com sal, pimenta do reino e um copo de cerveja e reservei. Refoguei uma xícara de arroz em alho e cebola, acrescentei uma xícara de brócolis picado (passe a faca delicadamente nas flores do brócolis, formando micro pedaços, quase farelos e dispense o cabo) e deixei cozinhar como de costume. Quando o arroz ficou pronto, fritei os bifes de picanha em uma bistequeira, sem nenhuma gordura, durante cerca de 5 minutos de cada lado. Retirei os bifes e fritei a cebola fatiada, temperada com sal e sálvia, na mesma panela. Acrescentei o caldo de cerveja que sobrou do tempero da carne e deixei cozinhar mais uns 5 minutos. Cobri os bifes com a cebola e servi com o arroz com brócolis e a mandioquinha que sobrou da outra refeição. Tudo de bom!
Estréia bem sucedida da bistequeira que 
ganhamos da Mari! Obrigada querida!
Almoço relâmpago de sexta

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Costela com mandioquinha

Depois de três longos meses sem conseguir publicar nada, resolvi adotar uma nova estratégia para conseguir manter o blog atualizado: publicar logo depois de fazer (e comer) o prato. Isso exige certa coragem, já que geralmente bate aquela tristeza pós refeição e a vontade de sentar no sofá e tomar um (ou mais um) drink. Mas como é a única forma de fazer a coisa funcionar - devo ter pelo menos umas 5 receitas de respeito que não foram e nem serão publicadas simplesmente porque não lembro mais como cheguei no resultado final - vale a pena o "sacrifício"....rs Então, cá estou, devidamente abastecida daquele drink e com a memória fresquinha para contar para vocês o que saiu da minha cozinha hoje!!! O prato foi resultado da feliz juntada do que sobrou do churrasco de domingo - mandioquinha e costela de porco. Tirei toda a carne do osso da costela, cortei em pedaços grosseiros e reservei. Refoguei em um pouco de óleo uma cebola fatiada e três dentes de alho cortados ao meio até ficarem dourados e depois acrescentei a costela. Deixei cozinhar durante cerca de cinco minutos e acrescentei a mandioca. Misturei tudo, acrescentei meio copo de água e cozinhei por mais 5 minutos, mexendo de vez em quando para não grudar. Para dar o toque final, inclui cerca de uma xícara de queijo provolone ralado e deixei no fogo até o queijo derreter. Preferi servir como um aperitivo, porque a gente estava tomando cerveja, mas acho que com uma saladinha também cairia super bem!

 Ótima opção de entrada ou aperitivo!