quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Paprika schnitzel com spätzle

Ao contrário de sábado, quando a produção culinária foi vapt-vupt, domingo o processo foi longo e trabalhoso. Acho que fiquei umas duas horas na cozinha pra preparar essa dupla tipicamente alemã. 

O paprika schnitzel nada mais é do que filé de lombo grelhado com molho de páprica. O spätzle é uma massa muito consumida também na Áustria e na Suíça, como acompanhamento dos mais variados tipos de carne. 

Esclarecimentos feitos, vamos à saga. 

Primeiro, fatiei em filés finos uma peça de lombo temperada com sal, pimenta do reino, limão e tomilho no dia anterior (você pode temperar do jeito que quiser e não precisa ser no dia anterior) e reservei. 

Depois, fiz o spaztle, misturando 6 ovos, 400 gramas de farinha de trigo, 200 gramas de creme de leite, salsinha picada e sal à gosto em uma tigela, até que a massa ficasse homogênea. Deixei essa massa descansar na geladeira por 20 minutos e depois cozinhei em uma panela com água fervente e sal, colocando uma ou duas colheres da massa em uma colher furada e pressionando com outra colher para que ela saísse pelos furos e caísse na panela (deu pra entender?). 

A massa deve ser colocada aos poucos e as massinhas formadas tiradas na medida em que "subirem" na panela, como se faz com nhoques, e colocadas em um escorredor de macarrão. Esse processo levou um bom tempo e foi nesse ponto que eu comecei a pensar "o que é que eu fui inventar...". 

Feito isso, fritei os filés de lombo em óleo em spray, até que os dois lados ficassem bem dourados. Reservei os filés. 

O último passo foi o molho de páprica. Fritei uma cebola pequena bem picadinha em duas colheres de margarina em uma frigideira. Quando elas ficaram bem douradas, adicionei, aos poucos e mexendo sempre, duas colheres de farinha de trigo e deixei cozinhar em fogo baixo, até formar um creme. Misturei nesse creme duas colheres de páprica picante e duas caixinhas de creme de leite e deixei cozinhar até ferver. Quando isso aconteceu, mergulhei os filés de lombo no molho e desliguei o fogo. 

Se você acha que acabou, se enganou. No final de tudo, ainda fritei o spätzle na manteiga até ficarem bem dourados. É bom fritar pequenas quantidade por vez, para que fiquem uniformes. 

Aí sim é só se esbaldar! Esse prato vale as horas na cozinha porque fica simplesmente divino, igualzinho aos servidos nos restaurantes alemães. Como não poderia deixar de ser, uma loira alemã tipo pilsen, a Bitburguer, completou a orgia!

O resultado final vale a pena!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Picanha com alho

Sábado deu aquela vontade de bater um belo PF de boteco! Optei pela picanha com alho só pra fazer uma graça e porque era a carne que tinha na geladeira. Temperei os bifes de picanha com sal e pimenta do reino e reservei. Coloquei um pouco de azeite em uma frigideira e os dentes de um alho. Deixei fritar até os dentes de alho ficarem levemente corados e depois coloquei a picanha, que ficou no fogo alto três minutos de cada lado e mais uns 4 minutos em fogo baixo (os alhos ficaram na frigideira). Para acompanhar, arroz bem soltinho e batatas palito (daquelas congeladas, em saquinhos) feitas no forno. Mais básico e gostoso, impossível!

Quem resiste a um belo PF?

Carne sola não dá né, gente? 
Olha que bifão suculento!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Suflê de abóbora com ragú de carne moída e calabresa

Como boa parte do que eu mais gosto de cozinhar,  suflê me lembra as comidinhas da mamis, mais especificamente do maravilhoso suflê de cenoura que ela fazia (nunca mais, né, Rita?). A receita que eu encontrei na internet é ainda mais simples do que a da minha mãe. Cozinhei metade da metade de uma abóbora em pedaços, sem casca, em água e sal por 20 minutos na pressão. Amassei a abóbora com um garfo em uma tigela e acrescentei dois ovos, uma colher de sopa de farinha de trigo, uma cebola pequena ralada, duas colheres de margarina, um pouco de queijo ralado, sal e pimenta do reino. Misturei bem até se formar um creme homogêneo, coloquei numa forma refratária pequena untada com margarina, polvilhei queijo ralado em cima e levei a forno (pré aquecido). Deixei cozinhar até a superfície ficar dourada. Nesse meio tempo, fiz o ragu misto. Eu já tinha carne moída e a calabresa prontas, então pulei a primeira parte. Se você não tem, vai ter que passar por todo o processo (coragem, não é tão mal!): refogue meia cebola picada em um pouco de margarina e junte e calabresa (fresca) sem pele e amassada (eu amassei com os dedos, tirando os gomos de gordura maiores). Deixe no fogo até dourar e acrescente um punhado generoso de salsinha fresca picada e uma pitada de pimenta calabresa. Coloque em uma tigela e reserve. Na mesma panela, refogue em um pouco de azeite uma cebola pequena picada e dois dentes de alho fatiados. Junte a carne moída e dois tomates sem pele (para tirar a pele, cozinhe os tomates em água até ferver e a pele começar a soltar. Depois é só tirar com uma faca) cortados em quatro. Deixe cozinhar por cerca de meia hora, acrescente um pouco de manjericão seco e, se quiser, páprica picante e deixe no fogo mais um pouco, até formar um molho grosso. Quando isso acontecer, junte a calabresa reservada, misture bem e deixe mais alguns minutos no fogo. Prontinho! O ragú funcionou lindamente com o suflê de abóbora. Essa quantidade dá para quatro pessoas, então ainda sobrou um pouquinho pro almoço de amanhã! Oba!!!

A janta saiu cedo hoje! 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Filé de frango com sálvia e espaguete primavera picante

Olha o filé de frango de novo aí gente! Essa semana fiz a besteira de descongelar 1 kg do dito cujo e saída foi incluí-lo no maior número de refeições possível. O bom é que é um ingrediente muito versátil, é só mudar o tempero ou acrescentar um tipo diferente de molho que ele ganha uma cara totalmente diferente. Também dá pra desfiar e fazer risoto, panqueca, pastel assado, torta...enfim, a lista de possibilidades é imensa. Outra coisa boa é que o incidente serve como exemplo de como é possível variar o cardápio da semana usando o mesmo ingrediente. Eu decidi fazer da forma mais simples mesmo porque era hora do almoço e eu não tinha muito tempo para cozinhar. O toque ficou por conta da sálvia, que eu adoro. O preparo, como sempre, foi muito simples. Temperei os bifinhos de frango com tempero completo e reservei. Coloquei em uma frigideira, meia colher de manteiga e um fio de azeite e quando a manteiga derreteu adicionei a sálvia e misturei. Depois, adicionei o frango e deixei fritar até os dois lados ficarem dourados. Para acompanhar, o espaguete primavera picante fez bonito (minha criatividade para nomes de pratos tá cada vez melhor! Ou não...rs)! Cozinhei a massa na água e sal até ficar al dente. Enquanto isso, cortei uma abobrinha pescoço ao meio e fatiei uma das metades. Cortei essas fatias em tiras finas e as refoguei com um pouco de manteiga em uma panela média. Quando ficaram cozidas, adicionei a massa, misturei bem e acrescentei um punhado de pimenta calabresa. Meio no susto, essa mistureba (sálvia, abobrinha e pimenta calabresa), deu certo! O sabor suave da abobrinha se contrapôs ao ardidinho pimenta e o da sálvia deu um sabor especial ao frango, mas bem sutil. Tudo de bom!

Filé de frango (de novo) com sávia 
e espaguete primavera picante

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A cozinha não morde!

O que vou cozinhar amanhã? Com certeza algo que já está na minha geladeira, pois o meu lema atual é usar tudo, não desperdiçar nada (muito menos dinheiro). Quantas vezes trocamos nossa geladeira cheia, às vezes de comida pronta, pelo jantar no restaurante badalado com a amiga, a mãe, a irmã, ou até pelo delivery? Isso vai se repetindo ao logo do mês e o resultado é que  a geladeira continua cheia, mas a carteira, vazia. É verdade, encarar aquele franguinho grelhado xoxo todo dia desanima. Mas é possível dar vida nova a ingredientes normalmente sem graça da nossa despensa, sem gastar horrores ou passar horas cozinhando. Tenho me surpreendido com o que tem saído de improviso da minha cozinha nos últimos tempos. Às vezes muito mais do que com pratos meticulosamente planejados e preparados em ocasiões especiais. Condimentos, temperos, ervas, grãos, diferentes ou manjados, transformam ingredientes simples em pratos inusitados! Eu não sou grande conhecedora da arte culinária (longe disso!), apenas uma aventureira, como a maioria. Nem sempre a comida sai com a textura, a cor, o gosto, que eu espero, mas é tentando que se chega lá! Então, que tal encararmos mais nossa geladeira no dia a dia e tiramos o máximo proveito do que tem dentro dela? Que tal pensarmos duas vezes antes de nos rendermos ao restaurante japonês vizinho - como a Ritinha fez ontem, ao ver sua geladeira abarrotada de comida (situação que inspirou esse post)? Vamos lá gente, a cozinha não morde! Eu garanto que faz bem para o corpo, a mente... e o bolso. Cozinhar é compartilhar, experimentar, conviver. Encha sua taça de vinho e divirta-se! 


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Tomate recheado e filé de frango cítrico

Ontem decidi fazer uma comidinha mais caprichada e diferente (pelo menos para mim). Tinha visto uma receita de tomate recheado com frango na revista, mas resolvi substituir o frango por ricota e a receita da revista pela minha intuição...rs E deu certo!!! Comecei temperando dois filés de frango com sal, pimenta do reino, o suco de meio limão e de meia lima da pérsia. Deixei os filés descansando nesse tempero enquanto preparei o resto. Lavei e tirei as sementes de seis tomates médios. Para tirar as sementes, cortei uma tampa na parte superior do tomate, passei uma faca de ponta em volta da parte interna, fazendo um círculo, e depois tirei a parte do meio com uma colher de sobremesa. Lavei o interior com água corrente para tirar o restante das sementes. Achei esse processo meio chato e trabalhoso. Se alguém conhecer uma técnica melhor, agradeço informar. Reservei os tomates. Para o recheio, amassei com um garfo cerca de 300 gramas de ricota em um bowl. Acrescentei sal, pimenta do reino, um pouco de salsa, bastante tomilho e azeite e misturei bem. Recheei cada tomate com bastante ricota e coloquei-os em uma forma refratária. Tive que cortar uma tampinha da parte inferior de alguns, para que ficassem de pé na forma. Reguei com azeite e levei ao forno (pré aquecido) em temperatura média por 20 minutos.  Servi com o filé de frango temperado com o molho cítrico  (frito no óleo em spray) e salada. O branco italiano Cent'Are de uvas inzolia e chardonnay completou o menu. O prato ficou lindo e delicioso! Tente fazer isso em casa! E me convide!

De vez em quando a gente merece
 uma comidinha mais caprichada! 

Se for acompanhada de 
um bom vinho,  melhor ainda!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Filé de frango ao vinho

Na intenção de começar a semana de um jeito mais light, descongelei um peito de frango para comer com um arrozinho integral e salada. Ai que coisa mais sem graça! Lembrei de uma revista Cláudia Cozinha de mil novecentos e bolinha que trazia receitas diferentes com peito de frango e lá fui eu procurá-la na minha pilha (é óbvio que era uma das últimas). Foi lá que encontrei essa receita tão simples quanto saborosa, que realmente surpreendeu nosso humilde jantar de segunda-feira! Cortei um peito de frango em fatias bem finas e temperei com sal e pimenta do reino. Coloquei meia xícara de farinha em um prato e passei os filés de frango nela. Acrescentei uma colher de sopa de creme vegetal Becel sabor manteiga e um fio de azeite (dizem que o azeite evita que a manteiga queime, o que eu descobri nessa ocasião ser verdade) em uma frigideira e fritei os filés dos dois lados até ficarem dourados. Quando isso aconteceu, acrescentei 1/3 de xícara de vinho tinto seco, tampei e deixei cozinhar por um minuto (ou menos, vai depender da sua panela e do seu fogão). A manteiga e o vinho formaram um caldo grosso, que penetrou no frango e deu um sabor muito delicado e especial à carne. Não espere uma grande quantidade de molho, que dá pra pegar com a colher e colocar em cima do arroz...rs (se a sua intenção for essa, acrescente mais manteiga e mais vinho, pois a frigideira fica quase sem molho nenhuma depois que o prato fica pronto). Acompanhado dos tradicionais salada e arroz integral, foi uma ótima alternativa ao filé de frango de todo dia! 

A pilha...

Franguinho grelhado básico pra que, se dá pra incrementar?

Arroz de boteco

No começo da semana passada, os resquícios da minha geladeira inspiraram esse prato. Fiquei pensando nele o dia inteiro e fiquei feliz por ter conseguido reproduzir o que tinha em mente. O processo foi muito simples e rápido. Fatiei um peça de cerca de 200 gramas de lombo, temperei com sal, pimenta do reino e limão e cozinhei com um pouco de água (cerca de um copo) na panela de pressão durante mais ou menos 20 minutos (ele deve ficar bem macio). Desfiei o lombo e reservei. Em uma panela média, coloquei o caldo que se formou no cozimento do lombo, duas xícaras de arroz (pronto) e o lombo desfiado. Misturei bem e acrescentei dois ovos. Misturei novamente, até os ovos se incorporarem totalmente ao arroz e cozinharem. Por fim, acrescentei um pouco de couve (pronta, a gosto), salpiquei salsa e pimenta do reino e pronto! O sabor ficou maravilhoso, bem acentuado e temperado, do jeito que eu gosto. Eu servi com farofa e molho de pimenta em um prato normal, mas também dá para usar cumbuquinhas individuais em dias de festa. A maravilhosa cerveja belga Bernard Celebration completou a orgia alimentar!

E a dieta ficou para a semana que vem! De novo...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Feliz ano novo!!!

Não tem época em que a comilança é maior do que a das festas do final do ano! O pior é que depois da comilança sempre vem o bode e, com ele, o fim de uma noite que prometia ser de festejos e comemorações. Todo ano é a mesma coisa: ninguém resiste à mesa farta, exagera e o ano novo acaba depois de mal começar. Esse ano prometi à mim mesma que ia fugir e privar meus convidados da tal mesa farta, em prol da diversão. Ceia é no natal. Ano novo é pra petiscar, bater papo, beber e festejar até o dia clarear! Por isso, optei por servir apenas pratos frios. O cardápio da noite de ano novo foi salpicão de frango, lombo ao vinho branco fatiado, lagarto ao vinagrete e patê de atum, acompanhados de salada verde, pães e abacaxi em calda. Dava pra fazer um pratinho e comer direito, sanduíches pra comer de pé, ou só cutucar um prato ou outro. O salpicão saiu em versão resumida: simplesmente misturei bem o frango desfiado temperado com sal e pimenta do reino com a maionese, salsinha e cebolinha. O lagarto e o lombo foram feitos quase do mesmo jeito. Temperei o lombo com sal, pimenta do reino e limão e o lagarto apenas com sal e pimenta do reino. Cada peça de carne tinha cerca de dois quilos, então eu tive que dividi-las ao meio para colocar na panela. Fritei as peças de todos os lados, até que elas cozinhassem quase completamente. Cortei as carnes em fatias bem finas (se tiver uma faca elétrica - o que não era o meu caso - melhor) e coloquei cada uma em uma panela de pressão. O tempo de cozimento vai depender de como você quer a carne. Eu queria que o lagarto ficasse no ponto de um rosbife, então cozinhei com um pouco de água só mais 10 minutos. Quando ficou pronto, coloquei em uma travessa com um pouco do molho que se formou com o cozimento. Ao lado, dispus uma cumbuca com vinagrete (tomate, cebola, salsinha e cebolinha bem picados misturados com azeite e limão, temperados com sal e pimenta do reino), que ficou a cargo da Adri, amiga sempre presente (na vida e na cozinha!). O lombo eu queria bem macio, quase desfiando, então cozinhei com uma garrafa de vinho branco durante mais ou menos mais 20 minutos. Dispus o lombo fatiado uma travessa e na mesma panela refoguei duas cebolas roxas grandes no azeite e no caldo do lombo até ficarem bem macias. Coloquei as cebolas em volta do lombo. O patê foi simplérrimo: a minha cunhada Karla amassou uns 200 gramas de ricota com o garfo, temperou com sal, azeite, salsinha e cebolinha e misturou com duas latas de atum até formar uma pasta. A Rita se encarregou do abacaxi: ferveu duas xícaras de açúcar com um pouco de água e os abacaxis, até atingir o ponto de calda. E essa foi a nossa comidinha de ano novo! Todo mundo comeu e bebeu e ainda sobrou energia para festejar! Ah, os cliques são do fotógrafo oficial da banca, o Léo! Valeu amigo!

Feliz ano novo gente!

Mesa caprichada de ano novo by Ritinha!

O prato da Lessa ficou tão bonito que serviu de modelo!