Quando eu falei que estava fazendo um curso de iniciação à culinária, ninguém entendeu nada. "Pra que?", "Como assim?" e "Ah tá, você, iniciação culinária..." foram os comentários mais comuns. A primeira coisa que eu fiz na vida foi pão na chapa. Foi horrível. Ficaram todos queimados e a cozinha ficou uma fumaceira só. Para salvar a pátria, e o estômago dos presentes, a minha tia Lídia chegou logo depois da catástrofe com várias pizzas e fez a alegria da galera, já preocupada em ter que comer aqueles pães horrorosos. Outro dia no passado, aprendi a fazer arroz. Daí pra frente, comecei a observar a minha mãe cozinhar e acredito que nesse processo tenha começado a tentar me arriscar no fogão. A verdade é que sempre cozinhei de forma bastante intuitiva. Apenas recentemente comecei a seguir receitas e, mesmo assim, errar ou acertar é questão de sorte. Claro que algum conhecimento ajuda, como o tempo de cozimento de determinados alimentos, um ingrediente ou outro que dá um toque especial, a intimidade com os utensílios, etc. Mas nada disso garante o sucesso de um prato. Porque o resultado final não é nada calculado. A gente vai seguindo determinada direção, esperando chegar a determinado lugar, o que nem sempre acontece. Foi justamente por essa razão que decidi fazer o tal curso. É claro que não dá pra usar todas as técnicas profissionais no dia a dia, mas que algumas delas facilitam a vida, ah facilitam! Cortar uma cebola, bem picadinha, sem chorar e sem espalhar tudo pra todo lado em pouco segundos? Revelação do ano, gente! E executar perfeitamente os cortes de legumes, sem trabalho? Fenomenal! As produções foram bem básicas: creme de ervilhas e legumes salteados na primeira aula, arroz feijão, purê e omelete na segunda e filé de frango grelhado, frango à passarinho e frango ensopado ao molho de laranja na terceira, por exemplo. A questão não é o que cozinhar, mas justamente como cozinhar, para garantir um sabor excepcional e uma apresentação impecável. Tudo isso em uma cozinha mega blaster. Em alguns momentos, as aulas ficam um pouco cansativas, é verdade. Afinal, são três horas de pé, picando, cortando, fritando, esperando cada grupo terminar seus pratos, um por um, passo por passo. Mas quando você vê tudo prontinho e perfeito, é recompensador! Posso dizer que nunca vou encarar a cozinha da mesma forma. E nem a cebola!
Numa cozinha dessa tudo fica mais fácil! |
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